A última reviravolta no mundo do futebol brasileiro veio com o indiciamento de Bruno Henrique, atacante do Flamengo, e mais 10 pessoas pela Polícia Federal (PF). Eles são acusados de envolvimento em um esquema de manipulação de jogo durante uma partida do Brasileirão 2023 contra o Santos. A investigação, agora nas mãos do Ministério Público, revela uma série de mensagens trocadas entre Bruno e seu irmão, Wander Nunes Pinto Junior, onde discutiam detalhes sobre a estratégia para que Bruno recebesse um cartão amarelo, um elemento chave para apostas subsequentes.
Rastreando as apostas feitas, a PF encontrou que membros da família de Bruno, incluindo Wander, apostaram somas significativas. Wander, por exemplo, investiu R$380,86 na Betano, resultando em ganhos de R$1.180,67. Sua cunhada Ludymilla Araújo Lima também fez apostas em duas plataformas, totalizando R$880,86, com retornos que excederam R$2.600. O padrão de apostas revelou que cerca de 98% das apostas em cartões amarelos se concentraram em Bruno, levantando suspeitas de fraude coordenada.
A investigação começou em agosto de 2024, quando a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) recebeu alertas sobre padrões de apostas incomuns do International Betting Integrity Association (IBIA). Estas apostas, vindas de Belo Horizonte, coincidiram com a partida entre Flamengo e Santos, onde Bruno Henrique recebeu um cartão amarelo nos acréscimos por uma falta, seguido por um cartão vermelho por protestar, exatamente como as apostas sugeriam.
Mesmo com uma decisão anterior do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), que arquivou a acusação por não encontrar provas suficientes de ganhos financeiros diretos para Bruno, a PF optou por apresentar o caso ao Ministério Público. Internacionalmente, o caso tem sido amplamente criticado, com veículos como o TyC Sports e Olé da Argentina classificando-o como um escândalo na integridade esportiva. Se condenado, Bruno Henrique pode enfrentar até quatro anos de prisão. Enquanto isso, o Flamengo continua apoiando o jogador, reafirmando sua presunção de inocência e destacando sua colaboração com as autoridades.
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