Guarda Revolucionária do Irã diz ter atacado quartel-general da Mossad em Tel Aviv com mísseis

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Guarda Revolucionária do Irã diz ter atacado quartel-general da Mossad em Tel Aviv com mísseis
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Escalada Entre Irã e Israel: Mísseis Alcançam Tel Aviv e Aumentam as Tensões

A noite de 17 de junho de 2025 entrou para a história da crise no Oriente Médio como um capítulo a mais na rivalidade acirrada entre Irã e Israel. A Guarda Revolucionária Islâmica afirmou ter lançado uma ofensiva de mísseis diretamente contra o que chamou de quartel-general da Mossad, a força de inteligência israelense, em Tel Aviv. Outro alvo do ataque seria o complexo de inteligência militar AMAN, na região de Glilot, segundo veículos de imprensa estatais iranianos como a agência Tasnim.

Segundo a comunicação militar iraniana, a operação seria uma resposta à ofensiva israelense contra instalações nucleares e militares iranianas, batizada pelos israelenses de Operação Leão Crescente, iniciada em 13 de junho. Desde o início dessa ofensiva, o cenário passou a registrar bombardeios mais frequentes, mortes e destruição em larga escala de ambos os lados. O Irã confirmou que centenas de pessoas — entre civis e militares — morreram nos ataques israelenses, incluindo danos em estruturas nucleares consideradas vitais para o programa do país.

Na madrugada seguinte ao ataque, imagens de incêndios em áreas de Tel Aviv viralizaram nas redes sociais, alimentando ainda mais o clima de tensão. No entanto, não ficou claro, até o momento, se essas imagens de fato mostram consequências da ofensiva iraniana. Autoridades israelenses reconheceram que parte dos mísseis atingiu uma área de estacionamento de ônibus, mas reforçaram que a maior parte dos projéteis foi interceptada pelos sofisticados sistemas antimísseis do país. Mesmo assim, o Irã comemorou o ataque como uma prova de que conseguiu furar o escudo defensivo israelense ao menos parcialmente.

Ataques de Lado a Lado Marcam Guerra Irã-Israel

Ataques de Lado a Lado Marcam Guerra Irã-Israel

A troca de ataques entre Irã e Israel vem em uma sequência quase diária. Desde o início da ofensiva israelense, o Irã disparou centenas de mísseis balísticos e drones armados em retaliação. De acordo com informações oficiais do governo de Israel, pelo menos 24 pessoas morreram no território israelense como resultado direto desses ataques entre 13 e 18 de junho — um número que pode não refletir toda a extensão dos danos por conta de interferências frequentes no fluxo de informações.

A situação forçou milhares de civis a fugir de suas casas, especialmente em Teerã, onde o medo de bombardeios tornou-se constante após alertas do governo dos Estados Unidos sobre riscos de ataques israelenses em resposta à escalada militar do Irã. O fluxo de evacuações em diversos bairros da capital iraniana ficou evidente em vídeos divulgados por canais independentes e jornalistas internacionais na internet.

Em Israel, apesar da defesa considerada uma das mais avançadas do mundo, as autoridades seguem em alerta máximo. O governo ativou abrigos antiaéreos em Tel Aviv e áreas próximas e aconselhou a população a evitar aglomerações ao ar livre. O impacto das ações militares vai além dos danos materiais directos: shoppings, escolas e serviços públicos tiveram o funcionamento afetado pelas sirenes de alerta e restrições impostas de última hora.

Os efeitos desse confronto também respingam em toda a região. Países vizinhos acompanham o conflito com preocupação, temendo que novas ofensivas cruzem fronteiras e provoquem uma onda regional de violência. Analistas avaliam que o uso intensivo de mísseis balísticos e drones marca um novo patamar nos confrontos entre Irã e Israel, deixando para trás as operações cirúrgicas do passado e ampliando os riscos para a população civil.

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