Na noite de quarta‑feira, PC Oliveira, comentarista de arbitragem da Globo, afirmou que o árbitro Rodrigo José Pereira de Lima acertou ao cobrar o pênalti que acabou empatando o duelo entre Internacional e Corinthians no Estádio Beira‑Rio. A decisão, tomada após revisão do VAR, reacendeu o debate sobre a interpretação de faltas dentro da área no Brasileirão 2025.
O clássico de domingo valia pontos vitais: o Timão liderava o Grupo B da Copa do Brasil e precisava manter a vantagem na luta pelo título, enquanto o Internacional buscava fugir da zona de rebaixamento. A 26ª rodada do Campeonato Brasileiro era decisiva para ambos os clubes, e o clima no Beira‑Rio era de pura tensão.
O jogo começou com o Corinthians pressionando e logo abriu o placar aos 9 minutos do primeiro tempo, graças a Gui Negão. O Internacional respondeu à altura, mas o placar permaneceu 1 a 0 até a segunda etapa, quando o lance que mudou tudo aconteceu.
Passados 50 minutos do segundo tempo, Cacá (atacante do Corinthians) entrou em contato com a camisa de Bruno Henrique, que avançava em direção ao gol. O árbitro inicialmente sinalizou que não havia falta, afirmando que "era muito claro" tratar‑se de disputa normal.
O árbitro de vídeo, Gilberto Rodrigues Castro Junior, analisou o caso em três ângulos diferentes. Primeiro, classificou o puxão como "sutil". Após a terceira visão, reconheceu que o movimento "estica a camisa e impacta na ação do jogador", recomendando revisão para possível penalidade. Rodrigo José Pereira de Lima então mudou de opinião e marcou o pênalti.
No ponto, PC Oliveira explicou seu ponto de vista no programa "Troca de Passes": "O Bruno Henrique já estava preparando o chute, a camisa foi puxada e isso impede a finalização. O movimento do Cacá tem impacto".
O chute foi cobrado por Carbonero, que converteu e garantiu 1 a 1 no placar.
Imediatamente após o fim da partida, o Corinthians lançou uma série de protestos. O zagueiro Gustavo Henrique declarou que "a decisão foi injusta" nas redes sociais. O executivo de futebol Fabinho Soldado concedeu entrevista ao Globo Esporte e acusou "um erro grave da arbitragem".
Já o técnico Dorival Júnior culpou o árbitro por "arruinar a vitória suada" e solicitou que a CBF avalie a condução do VAR. Por sua vez, a CBF divulgou o áudio completo da revisão, mostrando a mudança de entendimento do VAR e a justificativa oficial do árbitro.
Analistas de arbitragem apontam que o caso segue uma tendência: nas últimas duas temporadas, 27% dos pênaltis concedidos após revisão do VAR envolveram “puxão de camisa”. O professor de Direito Desportivo Marcos Varella comentou que "a lei do jogo permite penalizar o puxão quando ele afeta diretamente a ação de finalização".
Do ponto de vista tático, o empate manteve o Corinthians com 45 pontos, ainda à frente da zona de classificação para a Libertadores, enquanto o Internacional subiu para 38 pontos, afastando-se do Z‑4. O fato de o pênalti ter sido marcado nos minutos finais pode influenciar a postura dos técnicos nas próximas rodadas, que podem optar por um jogo mais conservador para evitar situações de revisão.
O próximo desafio do Corinthians será contra o São Paulo, enquanto o Internacional recebe o Palmeiras. Ambos os clubes prometem analisar o vídeo do lance em detalhe para usar como referência em treinos defensivos.
Quanto à arbitragem, a CBF anunciou que reforçará a formação dos árbitros de vídeo antes da 28ª rodada, visando reduzir controvérsias semelhantes. Ainda não há indicações de que o caso será submetido a recurso formal, mas o Corinthians já encaminhou um pedido de revisão à comissão de justiça desportiva da CBF.
Rodrigo José Pereira de Lima afirmou que o puxão de camisa realizado por Cacá "impactou diretamente a tentativa de chute de Bruno Henrique", tornando impossível a continuidade da jogada sem vantagem para o defensor.
Até a 26ª rodada, o VAR alterou a decisão de pênalti em 14 jogos, o que representa cerca de 12% das partidas analisadas até então.
Com o ponto conquistado, o Timão permanece com 45 pontos, ainda três acima da zona de classificação para a Libertadores e quatro à frente do primeiro time fora da zona de descida.
A federação anunciou que haverá um módulo de treinamento intensivo para árbitros de vídeo, focando em situações de contato físico dentro da área e na padronização da comunicação com os árbitros de campo.
Ele foi considerado objetivo e técnico, explicando de forma clara como o puxão afetou a dinâmica da jogada, o que ajudou o público a entender a decisão do árbitro.
Concordo que a decisão do árbitro está alinhada com as normas do jogo. O puxão de camisa realmente impede a continuidade da ação, conforme explicou o PC Oliveira. Além disso, a revisão do VAR mostrou clareza nos três ângulos analisados. Esse tipo de postura ajuda a preservar a justiça nas partidas decisivas. Espero que a CBF continue aprimorando a formação dos árbitros de vídeo.
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