Uma cena angustiante se desenrolou no Park Tupã, em Porto Alegre, no último domingo, dia 6 de outubro de 2024. O incidente envolveu duas adolescentes de São Leopoldo que sofreram ferimentos após caírem de um brinquedo durante seu funcionamento. O caso gerou comoção e preocupação sobre a segurança dos parques de diversão na região sul do Brasil. De acordo com relatos, as jovens, uma de 17 anos e outra de 16, enfrentaram uma experiência aterrorizante quando os travamentos de segurança de seus assentos se abriram repentinamente, lançando-as ao solo.
A jovem de 17 anos foi a mais gravemente ferida, sofrendo fraturas em duas vértebras e na canela. Ela permanece internada no Hospital Unimed de Novo Hamburgo, onde aguarda por procedimentos cirúrgicos necessários para sua recuperação. Já a adolescente de 16 anos teve mais sorte, sendo tratada no Hospital de Pronto Socorro da capital gaúcha e sendo liberada em seguida.
As investigações do acidente estão sendo conduzidas pela Polícia Civil sob a responsabilidade do delegado Vinicius Nahan. As análises iniciais indicam que o brinquedo, fabricado em 2001 e adquirido pelo parque há dois anos, passou por manutenção recente em uma fábrica em São Paulo, no mês de julho de 2024. Apesar de ter sido considerado apto para operação após a manutenção, um incidente anterior, ocorrido 15 dias antes do acidente, revelou falhas nos travamentos de segurança. Na ocasião, a operação foi interrompida a tempo, mediante aviso de pessoas que observavam o brinquedo.
No dia do fatídico acidente, as duas adolescentes ocupavam cadeiras cujos travamentos se abriram durante o movimento do brinquedo, culminando em uma queda abrupta. O acidente foi capturado em um vídeo feito por uma testemunha que presenciava o evento, no qual se ouvem gritos de espanto e o famoso comentário 'uma menina caiu'.
As investigações descartaram a hipótese de abertura intencional dos travamentos de segurança e atualmente se concentram na possibilidade de falha específica nos dois assentos que as adolescentes ocupavam. O Instituto-Geral de Perícias (IGP) está realizando uma análise técnica detalhada para determinar a origem da falha, se foi de natureza mecânica ou relacionada a algum problema de manutenção. Dependendo do resultado da investigação, o operador do brinquedo e os proprietários do parque podem ser acusados por lesões corporais, o que reforça a seriedade das apurações em curso.
Este incidente acendeu um alerta sobre a segurança dos parques de diversão, não apenas em Porto Alegre, mas em todo o Brasil. Parques frequentemente são locais de felicidade e diversão, mas a segurança das pessoas deve ser sempre a prioridade. Eventos como este levam as autoridades e a sociedade a reavaliarem os protocolos de segurança e as regulamentações que regem a manutenção dos brinquedos. Um diálogo contínuo e aberto entre gestão dos parques, autoridades e o público é essencial para garantir que acidentes como este não se repitam.
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