Ver notícias ou rumores de God of War ou Horizon Zero Dawn chegando ao Xbox gera burburinho entre fãs e gamers, mas a realidade é bem diferente do que parece. O buraco é mais embaixo: apesar de todos os boatos, a Sony não tem planos de abrir mão dessas franquias em favor da concorrência. Tudo começou quando a empresa publicou uma vaga para diretor sênior de multiplataforma e gestão de contas. Bastou isso para muita gente imaginar títulos icônicos indo parar em outros consoles — só que, na prática, a história é outra.
Gente influente na indústria, como Shinobi602, explicou nas redes sociais que a ideia de multiplataforma da Sony não passa nem perto de envolver nomes do calibre de God of War. Trata-se, na verdade, de jogos menores ou de serviço, como aconteceu com Helldivers 2, que chegou ao PC. Inclusive, a linha de corte é clara: Live service ou projetos paralelos podem até circular fora do PlayStation, mas as joias da coroa não saem da prateleira do console.
Enquanto a Microsoft acelera sem freio no modelo multiplataforma (com Forza Horizon 5 fazendo bonito em vendas no próprio PlayStation, e até Gears of War: Reloaded marcado para PS5 em 2025), a Sony caminha no sentido oposto. No chamado Fireside Chat de 2025, Hideaki Nishino, chefe do PlayStation, não deixou dúvidas: o hardware ainda é o centro de tudo. Ele reforçou a ideia de que o grande chamariz para o PlayStation são justamente os jogos que não existem fora dele. Hermen Hulst, da Worldwide Studios, reiterou esse compromisso, declarando que marcas como God of War e The Last of Us são a razão de muitos consumidores escolherem um console Sony.
A lógica é simples e eficaz: colocar títulos que vendem console como exclusivos garante não só vendas de hardware, mas também dá liberdade criativa aos estúdios internos, sem precisar pensar tanto nas adaptações ou limitações de outras plataformas. Isso significa que, para quem aposta em experiências únicas, só tem um caminho: comprar o videogame da marca japonesa. Fora isso, projetos como Lego Horizon Adventures ou Marathon (da Bungie) podem até sair para PC ou outras plataformas, mas servem mais para testar novas audiências e dar visibilidade sem afetar, de fato, o ecossistema do PlayStation.
Enquanto os rivais apostam em lançar tudo para todo mundo, a Sony mantém seu diferencial apoiado nessas franquias exclusivas. Isso protege o valor do PlayStation como marca e mantém a fidelidade dos fãs que querem jogar os melhores títulos sem abrir mão da experiência pensada para o console. Ao menos por enquanto, o controle está mesmo do lado azul nessa disputa pelo coração dos jogadores.
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